terça-feira, 14 de outubro de 2008

Pirataria X Falsificação


Que título para a postagem desta semana, não?

Tem uma justificativa: há muito tempo vinha batendo na tecla que produtos falsificados não são produtos de piratas, e sim, de falsificadores. Você se pergunta: "Está maluco? É a mesma coisa..."; "Pirata = Falsificador".

Porém a verdade por trás da "lenda" dos piratas é a que eu sempre quis comentar quando falam comigo sobre produtos falsificados ou produtos piratas. Eu sempre respondo que falsificados são aqueles que são "copiados" do original, geralmente com qualidade inferior (ou às vezes não) ao "verdadeiro". Em contrapartida, piratas são oriundos de contrabando, produtos originais (às vezes vendidos até com nota fiscal) que foram saqueados ou comprados em zonas francas e revendidos numa lojinha de esquina, onde tudo é expressivamente mais barato que as grandes lojas.

Convenhamos, eu tinha razão, não é?

Até porque, históricamente (e como fiquei curioso por saber o resultado de minha luta por explicar a diferença entre pirataria e falsificação, pesquisei um pouco sobre o assunto) os piratas saqueavam jóias verdadeiras, tesouros de reinados, dinheiro, itens de consumo (principalmente run, hehe) portanto apenas itens verdadeiros.

O que chamamos de falsificação, sim, pode ter vindo da pirataria também, não estava 100% correto em afirmar que o termo pirataria só se referia a itens saqueados: os piratas às vezes caíam em arapucas de comerciantes espertos, que ofereciam "ouro de tolo" aos saqueadores, ou seja, produtos falsos, jóias de latão ou bronze, chapeadas, moedas sem valor comercial.
Como os piratas não são idiotas e a moeda de troca sempre eram os próprios saques, eles revendiam a carga falsificada a preço de original, um pouco mais barata para ganharem "mercado". Por isso vinculamos tanto o nome PIRATA em itens FALSOS.

Uma conclusão pessoal, até porque concluam como quiserem, um produto pirata não é um produto falso, é um produto obtido por "meios ilícitos". Até porque piratas não saqueavam itens falsos porque queriam, era um simples engano. O que valia era a lábia deles para revendê-los.

E uma notícia interessante relacionada ao assunto da semana, para acabar a postagem: Ainda existem piratas em atividade, no Sudeste Asiático. Eles começaram a mudar os mares depois que foi melhorado o policiamento nas Américas, principalmente no Caribe, onde havia o maior índice de furto.
A única diferença dos piratas "chineses" são os barcos: hoje são lanchas ultramodernas e rápidas, não aquelas caravelas com a famosa bandeira preta e branca "skull and bones".

"Um um um, uma garrafa de rum!"

2 comentários:

Francisco Castro disse...

Olá, o seu blog é muito bom. eu gostei muito.

Parabéns!

Abraços

Pudim disse...

Não se esqueça dos piratas africanos que saquearam um navio transportando armas.