quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Vamos conversar mais, desarmados?

Oi amigos, período turbulento, eleições, enfim, como amigos e familiares sabem ou percebem, é um momento que mexe muito comigo. Mexe principalmente por ver muita parcialidade nas visões das pessoas, um pouco até em mim. Mas eu tenho noção que sou bem aberto a ouvir as pessoas e deixá-las opinar, porém estouro muito facilmente quando sou oprimido por opiniões grotescas e indutoras. 

Hoje mesmo tive uma conversa muito boa com um defensor árduo do Aécio Neves, candidato o qual eu, em minha visão e pesquisa (sim, eu pesquiso MUITO sobre política, entre revistas da direita, da esquerda, blogs, periódicos, filósofos, historiadores... pois bem) não é o mais indicado a governar o país (nada que também acabaria o mundo!), voltando a conversa, foi de um respeito estrondoso!

Foi na fábrica, durante um breve bate-papo no café, e mesmo que eu estivesse com os ânimos acalorados, nada passou dos limites éticos de uma conversa civilizada. Por que nem todo mundo é assim? É fácil dizer. As pessoas que defendem um ideal, como esse meu colega de trabalho, estuda bastante sobre o candidato deles, pesquisam, abrem uma notícia (e não ficam só na capa, como acontece muito na internet), e essas pessoas tem argumento para discutir, estando certos ou errados. No entanto, a maioria das pessoas neste nosso país, tendem a superficialidade... Deu uma notícia no Jornal Nacional e ela se torna verdade absoluta. 

Apareceu na Veja, na Carta Capital, na Istoé, é LEI. Vamos aprofundar os assuntos... todos os governos e todos os governantes tem o lado bom e o lado ruim, mas é a balança que tem que decidir quem teria mais bônus que ônus. O problema é que reclamam do 6,5% de inflação de hoje sem lembrar dos 12,5% de outrora, reclamam da situação e seu Bolsa Família, mas fingem não ler nem ouvir dos opositores dizerem ser favoráveis à manter (e melhorar !!!) o auxílio. Mas o pior de tudo isso é você apoiar uma candidatura progressista, moderna, que radicalizaria setores sociais que precisam de um choque, e daí você vira motivo de chacota. Luciana? Que piada você é em votar nesses aí. Você é burro? Analfabeto? Com Luciana o Brasil virará a Coréia do Norte. Com Eduardo Jorge o Brasil ressucitará Bob Marley e crianças de 3 anos poderão fumar livremente na rua. Gente, parem com isso! Vamos ler as propostas dos candidatos, os motivos que estão propondo temas (polêmicos e não polêmicos), mas principalmente vamos parar com tentar impor o voto, pois pessoas como eu não são vencidas pelo grito, pela opressão, pelo verbo. Até o candidato Pastor, por mais que eu não concorde com as propostas dele, são propostas e devem ser LIDAS antes de CRITICADAS.

Eu critico porque eu li e me interei com o que li. Não que o Everaldo tinha só propostas ruins, podiam ser até boas para um nicho de pessoas, mas pra mim não eram e por isso eu não votaria nele. E ponto. Mas foi lido, estudado. Todos os 11 candidatos. Durante meio ano eu me dediquei a isso. Foram muitas fontes, das mais variadas áreas e posições políticas. Só precisamos de uma reflexão mais profunda, pois tem pessoas que não são facilmente vencidas pela mídia ou por opiniões ditatoriais. Pessoas como eu, como muitos outros, são vencidas por fatos, dados concretos, julgados, não julgáveis. Pessoas como eu defendem o livre arbítrio, o diálogo e não palavras predestinadas e treinadas. Pessoas como eu só querem que todos tenham direito, no conceito da lei, de viver bem desde que a liberdade alheia não seja chocada.

Portanto, meus grandes amigos, pessoas como eu, com certeza, teriam tido problemas na época da ditadura.