quarta-feira, 22 de julho de 2009

Calma aí, mano!

PROBLEMAS NO MEU PC!!! ATRASO NO CAPITULO SEIS!!!!

Desculpem-me meus nobres amigos!

Amanha ou depois, promessa, coloco continuação aqui.
mas me senti obrigado a avisar!!!

Abraços AMARELOS!

sábado, 11 de julho de 2009

A Biocomplexografia de Donatto Leão - Parte 5

Pessoal, quem está acompanhando a história, desculpe a demora e a inconstância de postagens, está sendo um CTRL+C e CTRL+V demorado, porque as últimas provas do semestre me enlouqueceram... mas as férias chegaram e serei mais assíduo!

Aos blogueiros que sempre visito, comentarei em breve, muito breve!

Abraços BEEEEEEEEM Amarelos!



Capítulo 5 – Noite na Balada


. Não me lembro da última vez que saí de casa depois das 22h, para ser mais exato, a última vez foi devido a uma virose que peguei no trabalho e fui no pronto socorro tomar soro.

. Chegamos na garagem da minha avó, meu carro estava parado, apenas esperando pela noite de gandaia. A última vez que tinha saído com ele para um passeio, bem, ele foi “arremessado” da ponte e caiu em cima da lona do circo, são as “belas” histórias do passado que por mais que eu queira, eu nunca vou esquecer. Tinha dito anteriormente que esqueceria tudo que havia escrito até o capítulo três, mas digo ser impossível. Tudo que eu sou hoje é graças ao que eu passei ontem, e mesmo que eu diga que me arrependo de algo, no fundo, bem no fundinho, tudo me foi válido, não há arrependimento algum.

. Voltando ao carro, quando estava pressionando o botão do alarme, Paco diz:

. - Me dá a chave, hoje você é o convidado, vai de carona!

. - Mas...

. - Mas nada! Eu te convidei pra sair, e também quero ver se esse seu carro é mesmo o que dizem dele...

. Meu carro não era uma máquina, mas também não era basicão. Eu gostava dele, um Volkswagen Polo, preto, quase zero, ainda mais porque foi refeito e reparado quase tudo depois daquele pulo em cima do circo. O carro até andava bem, mas eu nunca fui de correr, na verdade comprei o carro porque tinha achado o volante dele bonitinho, pode ser bobeira, mas achei o melhor método para escolha na época, até porque engenheiro que é engenheiro sabe muito bem fazer um carro, projetar um carro, mas não sabe escolher, ou melhor, demora tanto pra escolher que no final compra o mais barato.

. Como eu não sabia dirigir por São Paulo, mesmo morando há uns 10 anos na cidade, principalmente à noite, que parece impressionantemente que a cidade se transforma em outra, cheia de luzes, cores e, principalmente, de mendigos e maconheiros.

. - Está bem, mas por favor, tome cuidado, meu histórico não é legal na seguradora...

. - É rapaz – disse Paco, com uma voz sarcástica – ouvi dizer que você quis entrar num circo de graça...

. E nós dois caímos na gargalhada.


***

. Chegando no tal Villa Hall Café, por incrível que pareça achei um lugar além de familiar muito interessante.

. O lugar era parecido com os pubs londrinos, com uma aparência mais abrasileirada, bem colorido por dentro e um bar ao centro com uma infinidade de bebidas e pelo menos uns oito coqueteleiros.

. Para quem gosta de variedade de bebidas e um som agradável, variava entre rock’n’roll clássico e blues de raiz, vez ou outra mpb, um clima que eu até me senti contagiado.

. Agora, para quem gosta mesmo de mulheres, meu Deus! O lugar era um paraíso dentro de São Paulo! Paco percebeu, logo que entramos no local, a minha cara de espanto ao ver tanta mulher bonita, e foi logo dizendo:

. - Você achou tudo isso legal? Tem lugar muito melhor, isso, ao meu ver, no seu caso, é só o começo!

. - Você não pode estar falando sério!

. - E te digo mais, se interage com a galera, que a gente “agita” alguma coisa pro final da noite!

. - Poxa vida, Paco, além de enferrujado, não estou acostumado com essas coisas...

. - Don, caramba, você tem quase 27 anos! Não é aceitável você me dizer que não consegue se interagir, ainda mais com essas gatas!

. - Cara, pra falar a verdade, nem sei como consegui namorar!

. - Me diz uma coisa, primo, a Fátima foi a sua única mulher até hoje?

. - Cara, se eu te falar que foi... – disse com a maior vergonha possível.

. - Mas Don, tipo, você ta falando de “finalmentes” ou nem um beijinho aqui, outro ali?

. - Pois bem, Paco, pra ser sincero ela foi a primeira em tudo! Eu não era desse mundo, aliás, acho que ainda não sou!

. A conversa fluía muito bem, nunca me imaginei conversar algo deste tipo com “o” primo, sendo que esse “o” significa o pior dos primos que existiu no passado. Como disse, ele só aprontava comigo e eu caía sempre nas armadilhas dele. Ironia do destino, ele parecia um cara legal.

. - Então, Don, hoje é o seu dia! Fica tranqüilo que vamos chegar cedo em casa!

. - Ah, que bom, assim a vó acha que dormimos tranqüilos...

. - Sim, se na hora que a gente chegar ela ainda não tiver acordada para fazer o café, acredito que passaremos despercebidos! Mas ó, um segredo pra você: quando a vó Lourdes falou contigo no telefone, ao desligar sabendo que você viria aqui, ela gentilmente me pediu que te levasse junto, porque ela acha você muito sozinho nesse seu mundo inventado aí. Como eu sou um neto muito bom, não ia negar isso né? Chega de papo vamos tomar uma cerveja!

. - Não gos...

. Antes de terminar a palavra, Paco colocou uma cerveja em minha mão e disse:

. - Relaxa, cerveja é apenas uma questão de costume, no começo parece ruim, mas quando acostuma é um vício louco. Bebe, e falando como um nerd, pesquisas recentes a colocam como um bom remédio para hidratação.

. - Ta bom.

. Tomei o primeiro gole e não foi bom.

. Tomei o segundo gole, não preciso dizer.

. No terceiro gole... o Paco tinha razão. Perdi noção do tempo e espaço, quando olhei já tinha bebido cinco long necks. E como cerveja, por mais fraca que seja, para um mero iniciante dá um grau violento, fiquei bêbado. Mas parece que não fiquei chato não. Só não lembrava de nada!


***

No dia seguinte, minha avó, com um sorriso impressionante, me aguardava no almoço, junto com Paco, com todo aquele sorriso galanteador que só ele tinha.

. - Bom dia, neto querido! – disse minha avó – gostou da noite de ontem?

. - Oi vó, não sei como dizer – disse meio embaraçado – mas não me lembro de muita coisa... me lembro de entrar, conversar um pouco com o Paco, e depois me deu um branco!

. - Liga não, pessoal – disse o Paco rindo da minha cara – problemas de principiante. Hoje você fica para sairmos de novo? As meninas ficaram com saudade, já me ligaram no celular e aquela loirinha... qual o nome dela mesmo... enfim, perguntou de você, garanhão!

. - Menina?

. Acho que uns três minutos de silêncio rondaram por aquela mesa da cozinha na casa da minha avó. O mais engraçado que aquele comentário do Paco desencadeou uma série de acontecimentos na minha memória, comecei a esboçar a noite de ontem, do novo Don, ou do Don que sempre existiu, sem meia dúzia de cerveja e uma tonelada de incentivo.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A Biocomplexografia de Donatto Leão - Parte 4

Pessoal, desculpa a demora, semana difícil: provas, provas, gripe, rinite, provas etc.!

Espero que esteja à altura dos leitores! XD
Abração beeeem amarelo.

Capítulo 4 – Recomeço.

. Toda história romântica tem um recomeço, toda novela tem casamentos no final, e o mocinho casa com a mocinha.
. No meu caso, o recomeço foi solteiro, após três tentativas frustradas de suicídio, uma crise incessante de riso (que eu já desconfiava ser risada de desespero, não de felicidade), com uma casa cheia de móveis novos, mas vazia de pessoas.
. Resolvi não me mudar, guardei todos meus móveis novos que não utilizaria no momento em um quartinho da casa de meus pais e voltei para lá. Ou melhor, nem saí.
. Não queria recomeçar tudo sozinho, mudar minha rotina apenas para sentir como seria se eu fosse só. Não era o momento, até porque como que uma pessoa sozinha, que trabalha praticamente o dia todo teria tempo para: fazer comida, lavar a roupa, limpar a casa, alimentar o cachorro e ainda sobrar tempo para um pouco de Resident Evil no videogame?
. Então pedi carinhosamente que meus pais entendessem que aquele papo de estar de partida nada mais foi que uma suposta vontade de me casar e viver feliz para sempre. Mas nada me impediu de ser feliz para sempre, nem de me casar.
. Uma semana depois da frustrada autotentativa de mandar me matar, o burro do Cuspinha me ligou, e bandido por mais chulé que seja é uma desgraça. Eles têm a capacidade de nos encontrar e torrar nossa paciência. Não sei como ele encontrou o número do meu celular, até porque eu ligava pra ele de um telefone público...
. - Aqui é o Cuspinha, malandro! Tu tentou armar cilada pra mim, “bródi”? Só que eu sou ligeiro! Sorte aí que não vou te cobrar um tostão da grana que pedi, mas merecia!
. - Meu filho, se você é burro, problema seu! – respondi num tom irônico que intitulei “Irônicus 1”, o qual nunca tinha experimentado na vida – Eu te contratei para me matar, será que era tão difícil fazer isso?
. - Tu é maluco, “mermão”? Nem eu que sou um bosta, não tenho nada, faço “as merda” que faço pra poder comer, ô otário! Se matar pra quê? Esse bando de filhinho de papai que tem tudo fica fazendo isso mesmo.
. - O que você tem a ver com isso, mané? – respondi com maior rigor na voz que pude.
. - Eu? Tenho sim, você acha que sou besta. Se te matasse, como você ia me pagar?
. - Não tinha pensado nisso...
. Neste momento, o Cuspinha desligou o telefone. Acho que ficou inconformado com o golpe que eu daria nele, que mesmo sem pensar eu faria.
. Mas essa ligação, por incrível que pareça, mudou minha vida. Sem querer, o Cuspinha serviu como um SOS Samaritanos, porque a frase em que ele disse achar engraçado nós, “filhinhos de papai”, que inclusive nunca fui, mas tive sim mais oportunidades do que o Cuspinha, e mesmo assim, ele repudiou o meu desejo de suicídio.
. Não preciso dizer o quanto aquilo me tocou, não é? E resolvi, mais do que nunca, mudar a minha vida, meus hábitos, e largar a mão de ficar tentando zerar o Resident Evil setenta e duas vezes para ver se dava algum bônus de fase extra.

***

. Já era Setembro de 2010, uns 6 meses depois de ficar solteiro, estava apenas trabalhando e me preparando para um mestrado no ano seguinte. Resolvi tirar o resto do ano apenas para descansar. Os últimos 26 anos de minha vida tinham sido duros.
. Pode parecer coisa de afeminado, mas como sentia falta do meu amigo Luciano! Essa época iríamos nos divertir muito. E o coitado, acho eu, nem namorada teve antes de morrer. E depois que morreu, bem acho que não teve, a não ser que tenham mudado as coisas após a morte...
. Meus pais foram viajar para o nordeste, e numa tentativa incansável de me ver feliz, me convidaram para ir junto, afinal todos meus irmãos também iam.
. - Vamos, Donatto, vai ser legal um passeio em família! Faz tempo que não viajamos todos juntos... – disse minha mãe, com uma voz aveludada que só mesmo a Dona Mariana tem!
. Apenas para constar, a última viagem em família foi muito "divertida": fomos ao parque de diversões. Acho que tinha uns 18 ou 19 anos.
. O passeio de sorte começou logo cedo. Tínhamos comprado o pacote de 6 ingressos pela Internet, mas na hora que chegamos lá, o sistema on-line do parque de diversões estava sem sinal, ou seja, não tinha como confirmar o pagamento feito pelo meu pai. A mocoronga da atendente disse que iria ressarcir o valor pago após o retorno do sistema, mas, bem, acho que até hoje meu pai recebeu esta verba; ele até deixou o endereço, telefone e e-mail com a atendente, mas a única coisa que eles deram com isso foi dor de cabeça! Porque enviavam a cada 2 semanas folhetos do parque, mandavam aqueles spams nojentamente enormes que lotavam a caixa de e-mail do meu pai (acho que naquela época, a Google não tinha criado ainda o Gmail com espaço liberado na caixa de e-mails).
. Depois que entramos, e o meu pobre pai teve que pagar dobrado a entrada e ainda perdeu o descontão para clientes que fazem a compra on-line, meu irmão mais novo, que naquele ano tinha acho que 5 anos se perdeu, quando estávamos na fila da roda gigante. Ele viu um palhaço vendendo balões de gás hélio e saiu atrás do vendedor.
. Duas horas de desespero depois, ele estava sendo anunciado pela guarda do parque: “Uma criança se perdeu! O nome é...Moleque, qual seu nome?... porra! Pais, quem perdeu alguma criança? Ele não quer me dizer o nome. Favor aparecer aqui na central de achados e perdidos”.
. O Airton sempre foi daquele jeito turrão, desde pequeno. E ele na verdade nem estava preocupado por estar perdido, nem chorando ele estava quando chegamos à salinha de achados e perdidos. E digo mais, se nós fossemos embora e ele ficasse, se tivesse conseguido um balão de hélio, não se importaria em ficar abandonado, até que o balão estourasse ou voasse ao “infinito e além”.
. Pra piorar tudo, minha irmã, Claudinha, 4 anos mais nova que eu, comeu um lanche apetitoso no snack bar e foi logo depois no elevador. Nem preciso dizer que ficaram armazenados no cérebro dela até hoje pedaços de carne de hambúrguer, por causa da gravidade.
. Já era umas 18h, e meus pais, coitados, estavam esgotados. A sorte de meu pai é que eu já tinha carta nessa época, mas no estacionamento eu enrosquei minha perna direita no arame de proteção de um canteiro e torci meu tornozelo. . Só para fechar com chave de ouro.
. Depois dessa viagem emocionante, não viajei mais com eles. Acho que grande responsabilidade foi por estar namorando e somando isso ao trabalho e aos estudos, sem chances de passear.
. Voltando à Setembro de 2010, resolvi não ir dessa vez com eles, mas prometi viajar junto na próxima. Queria um tempo sozinho em casa para testar minha síndrome do pânico. Melhor coisa que fiz.
. Fui levá-los no aeroporto, em São Paulo mesmo, mas resolvi dormir na casa de minha avó, pois já era tarde, e ela morava bem perto de Cumbica, em Guarulhos.
. Cheguei lá umas 22h, mais ou menos, e encontrei meu primo, que morava na Alemanha mas estava de férias por aqui visitando minha avó, se arrumando para sair.
. - Don, quanto tempo! – disse ele, ao me ver – poxa vida, não devo te ver há uns 10 anos!
. Pois é, ele não me via há 10 anos mesmo, e a última vez que vi o Paulo, ou carinhosamente chamado de Paco, ele tinha dado umas 3 porradas na minha cara e falou aos meus pais, quando eu cheguei em casa, que ele me salvou da mão de bandidos, que bateram em mim e roubaram minha carteira (na verdade, ele pegou o dinheiro que tinha na minha carteira para comprar cigarros e cerveja).
. Ele regula mais ou menos de idade comigo, um ano mais velho que eu.
. - Fala Paco, não sei o que é mais milagre: eu ou você estar visitando a vovó.
. - Pois é, resolvi ficar por aqui alguns meses, as coisas na Alemanha não estão nada bem para o meu lado. Não aceitaram a renovação de meu visto por causa de alguns problemas que eles andam tendo com estrangeiros. A minha sorte foi conseguir dispensa do trabalho e certeza de renovação com minha volta.
. - Ah, mas pensa bem, Paco, aqui você pode distrair a cabeça um pouco... vai aonde? – perguntei, ao vê-lo colocando o par de Adidas nos pés.
. - Vou rever uns amigos, marcamos um encontro no Villa Hall Café, está afim de ir? – e antes que eu conseguisse responder algo, ele emendou – Ah, vai dizer que você continua aquele bicho do mato, que só pensa em videogame.
. - Pois é – respondi meio envergonhado – mas aos poucos estou abandonando essas manias.
. - Você não é cheio de manias, só não tem a companhia certa. Vá, se ajeita, vem comigo!
. - Não dá, cara, eu nem trouxe roupa para sair, e como você já disse, sou bicho do mato. Não bebo, não fumo e não sou muito chegado em som alto.
. - Larga de desculpa! Roupa, pode ficar tranqüilo. Eu trouxe meu arsenal junto comigo. Vai se trocar, se você não se divertir, nunca mais te chamo para sair, mas com certeza você vai se viciar com a vida noturna. Se prepare!
. - Mas e a vó...
. - A vó só acorda amanhã cedo, cara! Vamos, por favor, faz tempo que não ando por estas ruas de São Paulo, quero chegar lá pelo menos com alguém conhecido!
. Me vi sem opção, minha avó já estava dormindo, então não tive a desculpa de esperá-la acordar, até porque de qualquer forma teria que esperar até amanhecer. . Mas a diferença era que, ao invés de esperá-la dormindo iria esperá-la acordado. Realmente o que tinha dito a ele era a mais pura verdade. Mesmo em meus anos de namoro com a Fátima, poucas as vezes foram a que saímos para esse tipo de lugar, baladas, bebidas e cia não faziam parte da minha vida, mesmo que ela gostasse disso.
. Me arrumei, aliás como nunca tinha me arrumado. O Paco só tinha roupas de marca, perfumes caríssimos, que, é claro, como tudo foi comprado “próximo a fonte”, na Europa, tudo foi mais barato, mas mesmo assim, era tudo muito diferente de meu estilo: camiseta estampada, calça jeans e tênis Puma.
. - Vamos ver no que vai dar... – pensei comigo mesmo.




TO BE CONTINUED...