segunda-feira, 30 de maio de 2011

Queria ter uma válvula de escape...

Prometi não reclamar, não estressar, não xingar, mas tem hora que não dá!
Eu queria ser um componente hidráulico, daqueles que, quando a pressão sobre ele exceder, uma simples válvula de escape alivia todo o estresse e o funcionamento permanece estável.

Pois bem, não vou reclamar, não vou chorar, mesmo com aquela dor dantesca que estou sentindo no peito agora, meio que uma mistura amarga de falta de ar com gastrite.

Tanta coisa estranha aconteceu neste final de semana, que pra ser sincero, nada me estressou, mesmo sendo motivos plausíveis para um surto, mas não, tenho me sentido bem, "relax", "sussu", "xik 10". Mas aguentar mau-humor de chefe em plena segunda-feira, bom, deixa pra lá.

Mas aceito sugestões... que válvula de escape seria boa para mim?
Talvez um saco de boxe?
Um conjunto dardo-alvo?
Um calmante anti-depressivo?

Alguma coisa, porque dormir não vale, se não tenho tempo;
Jogar ou assistir um bom filme também não, demanda tempo.

De resto, tudo se encaminha para o bem, mesmo sabendo que a entropia do universo só tende a aumentar... precisava que minha vida fosse adiabática reversível, daí tudo seria mais fácil.

Abraços!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Guerra pela paz

Hoje uma postagem que não é de praxe, uma postagem não-autoral.
A letra abaixo, uma poesia, de uma das melhores bandas de Hard Rock, Scorpionsvai em homenagem àqueles que tem tentado fazer o mundo menos desigual:
- Os "rebeldes" do mundo árabe, derrubando os ditadores; 
- O Exército Brasileiro na Missão de Paz no Haiti;
- Os inúmeros  "desconhecidos" que ajudam ao próximo sempre que e como podem.
Boa semana a todos!

Under The Same Sun
(Scorpions)

I saw the morning
It was shattered by a gun

Heard a scream, saw him fall, no one cried
I saw a mother
She was praying for her son
Bring him back, let him live, don't let him die

Do you ever ask yourself
Is there a Heaven in the sky
Why can't we get it right

'cause we all live under the same sun
We all walk under the same moon
Then why, why can't we live as one

I saw the evening
Fading shadows one by one
We watch the lamb, lay down to the sacrifice
I saw the children
The children of the sun
How they wept, how they bled, how they died

Do you ever ask yourself
Is there a Heaven in the sky
Why can't we stop the fight

'cause we all live under the same sun
We all walk under the same moon
Then why, why can't we live as one

Sometimes I think I'm going mad
We're loosing all we had and no one seems to care
But in my heart it doesn't change
We've got to rearrange and bring our world some love

And does it really matter
If there's a heaven up above
We sure could use some love

'Cause we all live under the same sky
We all look up at the same stars
Then why, why can't we live as one?
'Cause we all live under the same sun
We all walk under the same moon
We all live under the same sky
We all look up at the same stars
Then why, tell me why can't we live as one?

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Fadígs

Acordei doente, não sei se é gripe, ou se é só um resfriadinho, fato este agravado pela imensa quantidade de vento por metro cúbico da minha querida Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá -UNESP.
Acordei, além de doente, preocupado, pois hoje, essa mesma Faculdade de Engenharia que me deixou gripado, ou resfriado, me arrumou uma prova justo no mesmo dia em que nada provavelmente daria certo. E o detalhe, ah sim, simples, para estudar para esta prova, foi necessário a leitura "decoreba" de 233 slides, de textos, porque quando tem números pelo menos o espaçamento entre parágrafos é maior!
Hoje será preciso estudar das 17 as 19h15min, horário da prova, dou um jeito de terminar de ler. A gripe já arranhou a garganta e assou o nariz, espirro e nariz escorrendo o dia todo, mas é só esquecer que o nariz existe que ele esquece de perturbar. E o sono? Dá-se um jeito.

O importante é que tinha tudo pra dar errado, beleza, até aí, parecia um dia de fracassos, derrotas, de "fadigs", em homenagem ao grande mestre do humor, Mussum. Não foi, de maneira alguma.

Acordei animado, motivado e não sei da onde eu tirei essa vontade de acordar e ver aquela bela imagem do céu branco, nublado e sem Sol.
Esqueci de anotar opção no almoço de hoje aqui na fábrica, então fui obrigado a pedir um omelete, que nunca esteve tão bom. Tinha até presunto de verdade!

A reunião com o chefe, foi adiada para terça, mas se fosse hoje não teria problema, porque consegui cumprir todos os prazos com quase três dias de antecedência.

Então resolvi que, no final, a somatória de forças em mim não deu zero, deu número positivo. Afinal, a força de atrito me impulsionando para frear, ficar pra baixo e desistir do dia, foi vencida pelas força de vontade inesperada de passar o dia bem.

Cacilds!

P.S.: Hoje senti saudades do Mussum. Humor simples, cru, humilde, enfim, humor de verdade, sincero e que contagiava todo mundo.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Reclamar

Reclamar:

"V.t. Pedir com insistência uma coisa devida ou justa: reclamar o prometido.
Implorar: reclamar assistência.
Exigir, ter necessidade de: a cultura do algodão reclama cuidados especiais.
V.i. Protestar: reclamem, que a Prefeitura providencia. (Sin.: exigir, requerer, reivindicar.)"

Isso é o que o dicionário diz.
Tem gente que reclama conforme o dicionário mostra.
Tem gente que não reclama.
Tem gente que reclama de quase tudo.
Tem gente que reclama de tudo. Gente como eu.
Ou era como eu.

Eu reclamava da vida e da morte;
Reclamava do dia quente ensolarado e do dia frio chuvoso;
Reclamava de ter que acordar cedo para trabalhar e de não ter o que fazer em dias de domingo;
Reclamava de ter que estudar e reclamava de não ter o que fazer em Janeiro.

Deixei de reclamar...

Depois de ficar 14h no Pronto Socorro, acompanhando meu avô (mentor, pai, avô, amigo dentre outros bons adjetivos), a conclusão que se chega é que o fato de reclamar de tudo, coisas ínfimas, como sempre reclamei, por um lado, como grande parte do que eu reclamo é graça e me faz rir "myself" (merda não ter myself em português, do jeito que só quem sabe inglês sabe do que estou falando!), o grande fato é que eu não quero mais reclamar quando tem tanta gente vivendo sozinha, dependendo da boa vontade do governo.

Eu só vou reclamar se eu não conseguir mudar o mundo. É por isso que estou em fuga de notícias ruins, porque meu sentimento é de querer ajudar quem precisa, e eu sei que não dá pra abraçar o mundo sozinho, mas que 7 bilhões de mãos dadas, ah sim, podemos dar umas boas 5 ou 6 voltas em torno da terra, mas isso é chute, preciso calcular certinho.

Essas 14 horas no Pronto Socorro vão render com certeza uma "série" a la Donatto, ou um livro, vou escrever, pois eu quero esquecer, mas quero me lembrar de tudo quando der saudade. E dá saudade daquele pessoal. Aquele sentimento ruim de nunca mais ver os "amigos" feitos, nas piores situações, e ainda sobra um ou outro sorriso, dois ou outros três palavrões, cinco ou seis pessoas com fé, muita fé.

Para resumir motivo-mor de minha auto-reflexão:
- Conheci um simples criador de gado, de Cunha, 72 anos, com crise de rins. Detalhe: mora sozinho, a filha que mora em Guaratinguetá talvez nem soubesse que ele estava lá em observação. Detalhe principal e emocionante: o irmão desse senhorzinho, de 84 anos, estava lá, de acompanhante dele, dia e noite, noite e dia.
- Conheci um cozinheiro, atropelado quando andava de bicicleta, indo trabalhar no emprego que havia conseguido há 1 mês. Ex drogado, conseguiu arrumar um patrão excelente, que além de ajudá-lo a se livrar das drogas, arrumou uma oportunidade. tinha 6 filhos, 2 com cada mulher.
- Um rapaz, vestido de trapos, que estava há 3 dias sem comer na observação, e alguns enfermeiros que passavam do lado com pão, queijo e cafezinho, nem migalhas arrumavam para o pobre rapaz, que aguardava resultado de seu exame no coração. A desculpa é que pronto atendimento não rola refeição...
- Pra fechar com chave de ouro, conversei por alguns minutos com um coroa, em torno de 50 anos, que teve um enfarto na minha frente. E morreu.
- Para entristecer qualquer um, ver um senhor de mais ou menos 75 anos chorando no corredor do hospital, sozinho, sem ninguém para acompanhá-lo, é de partir o coração em 334.567 partes. Não HÁ DESCRIÇÃO PARA ISSO!

Meu avô está bem, para constar, e isso foi há 15 dias, mas as sequelas psicológicas ainda perduram em minha cabeça... Ele melhorou indo pra lá, eu piorei... vai entender?

Eu sou um só, eu não posso fazer nada, e os enfermeiros e médicos não podem se apegar tanto, eu entendo que deve-se ter o mínimo de humanidade, mas imaginem só o sofrimento de se apegar aos pacientes e vê-los, pouco a pouco, partindo? Isso foram só 14 horas minhas lá dentro.
Prometo publicar na íntegra.

Sugiro uma ONG, que tal um grupo de pessoas que tenham sangue frio para acompanhar pessoas abandonadas nos pronto atendimentos e CTI's? Tem tanta gente sozinha no mundo, sem ajuda, sem um apoio nas horas difíceis... Eu não quero isso pra mim, e não desejo pra ninguém.

Não vou reclamar mesmo, de mais nada que não seja muito, mas muito relevante!

Estou livre.