terça-feira, 30 de setembro de 2008

Improbabilidade


É tão legal pensar como a improbabilidade faz parte de nossas vidas.

Já dizia um dos autores de livros mais sábios de todos os tempos, Douglas Adams, que a improbabilidade é tão forte que propulsionaria o motor de uma nave, capaz de viajar muito mais rápido que a velocidade da luz, porém sem rumo, ou um rumo totalmente improvável ao que tínhamos pensado.

A foto desta postagem, por exemplo. Foi escolhida improvavelmente. Apenas digitando "Imagem" no Google Images que apareceu esta imagem, realmente, improvável. Engraçada, ao menos.

Tem uma peça teatral, dirigida pelo Rafinha Bastos e Os Barbixas, que se chama "Improvável", basta procurar no Youtube. Todos os atos desta peça são improvisos, com temas e falas improváveis. Vale a pena conferir.

E quanto a vida? Àqueles dias em que tudo beira ao precipício e quando pensamos em dar mais um passo e cair logo de vez, do nada, uma solução que veio do além, talvez da improbabilidade, resolve tudo, até nosso humor fica melhor.
Ou ao contrário, um dia tão bonito, tudo dando certo e a maldita improbabilidade faz voltarmos à estaca zero: parece até que era melhor não termos acordado.

É por isso que a felicidade e o sucesso estão sempre muito próximos da tristeza e do fracasso, sendo divididos por uma pequena linha de algodão, chamada improbabilidade.

Mas qual seria a graça da vida se soubéssemos que tudo iria dar certo ou errado? Que graça teria? Que surpresas teríamos? Será que seria bom acordar já sabendo de tudo que iria acontecer?

E viva a improbabilidade!



terça-feira, 23 de setembro de 2008

Feitos Malfeitos de Homens Direitos - O Esquadrão da Morte

À partir de Setembro, uma vez por mês colocarei um tópico deste "tema", se é que podemos chamar assim, Feitos Malfeitos de Homens Direitos, um compilado de histórias reais, que foram confiadas a mim, contadas aqui com nomes fictícios para não ser comprometedor e não ser necessário a cobrança de cachê! Rsrs.
Será descrito geralmente em primeira pessoa, assim podemos ficar um pouco mais "dentro" das histórias, imaginando como a própria pessoa deve ter se sentido no fato ocorrido.


"O Esquadrão da Morte."

"Todas as férias, ou sempre quando podíamos, minha esposa e eu íamos visitar o seu tio, Alberto, um taxista português que se aventurava nas ruas do Rio de Janeiro.
Alberto, era um grande homem, conhecedor de todas as ruas e vielas da Cidade Maravilhosa.
O melhor de visitá-lo era isso: além de estadia gratuita no Rio, tínhamos passeios ótimos com guia turístico próprio!

Pelo menos toda década de 70 fomos ao Rio visitá-lo, mas no começo foi difícil: o tio de minha esposa morava próximo ao morro da mangueira.


Certo dia, como de costume, me perdi e fui parar próximo a um bando de garotos mal-encarados. Nunca tive medo de nada, confesso, tanto é que tive a cara de pau de pedir informação aos moleques e cheguei à casa do Tio Alberto.


Alguns dias depois, fomos ao Pão de Açúcar. Naquela época, a estrada de terra, em pista dupla, tinha no máximo 3m de largura, e eu, teimoso abafando com meu fusquinha, me aventurei.
Na volta, bem, tivemos um probleminha, mas consegui chegar ao solo, e com vida!


Quando chegamos em casa que comecei a perceber: o tio Alberto tinha muitos amigos da polícia militar, era estranho, já que ele sequer havia apresentado esses rapazes para a gente, e eles geralmente íam fardados, estavam de serviço ali.

Essa cena foi se repetindo várias vezes, até que certo dia, eu não sou bobo, ouvi o finalzinho da conversa que se desenrolava entre eles. O tio Alberto e os PM's estavam combinando horário, para mais tarde. "Deve ser uma trucada", pensei, mas ainda assim achei estranho.

Voltamos para São Paulo, e uns 4 meses depois retornamos ao Rio, e a mesma cena se repetia de vez em quando: uns 3 ou 4 pm's na casa do Tio Alberto, pelo menos uma vez por semana. Até que um dia não me aguentei e perguntei:
- Sr. Alberto, o que tanto esses policiais vêm na sua casa?
O Tio Alberto, um pouco sem reação, gaguejou no início mas depois me contou, longe de minha esposa:
- Então, mais cedo ou mais tarde você iria descobrir, mas não conte para ninguém: faço uns serviços-extra para a polícia, sou bem pago para isso.
- Posso saber o que é?
- Faço o transporte do Esquadrão da Morte, um grupo de policiais que fazem "queima de arquivo" com alguns bandidos. Eles levam os malandros algemados para longe, tiram do meu carro, apagam os malandros, colocam no porta-malas e depois eles dão sumiço no corpo.

Fiquei certo tempo em silêncio, um pouco surpreso ainda tentando assimilar o que tinha ouvido. Como um homem certo, simpático fazia um serviço daqueles? Para ganhar um trocado a mais? Claro, se ele não fizesse outro fazia, mas se algum dos bandidos descobrisse que ele fazia parte deste bando de "justiceiros"?

Depois dessa viagem, nunca mais voltei para lá. Ele bem que insistia, mas não queria arriscar a minha vida, sequer a de minha querida esposa.
Anos mais tarde, minha esposa quase foi sozinha, pois não entendia o por quê de não ir. Tive que contar para ela, que em choque, assistindo na TV naquela semana, ficou sabendo que o Esquadrão da Morte tinha matado 12 malandros em apenas 1 dia... imaginem se eu tivesse voltado?

O Tio Alberto, depois dessa chacina abandonou a "hora-extra". Ele faleceu um tempo depois, e que bom que não teve nada a ver com esse "serviço extra", foi morte natural.


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A gaveta...


Olá, para esta semana, um tema normal para todos que estiverem dispostos a ler, e os indispostos também, afinal é algo comum à todos: aquela gaveta, de tranqueiras.

Pronto! Só de comentar aqui você se lembrou daquela sua gaveta, que tem tudo, tudo mesmo, coisas que ficaram guardadas porque no dia teve um motivo, mas uns dias depois você nem se lembra do "por quê eu guardei um papel de bala na gaveta?", por exemplo.

Essas gavetas, de fato, são importantes nas nossas vidas. Nos mostram o quanto a gente muda, vemos também que alguns fatos ficam guardados (são aquelas tranqueiras que estão no canto da gaveta tipo uma traça e não sai de jeito nenhum) e outras, bem, as outras, um ou dois anos depois já jogamos fora.

Em relação aos fatos que marcaram, o mais legal de fuçar nessas gavetas é relembrar, com uma simples, sei lá, tampa de caneta, do dia em que aquela finada caneta nos ajudou a passar no vetibular, ou aquele bilhete de cinema, que você foi ver um filme de comédia-romântica bobinho apenas para conquistar aquela beldade, ou outros itens que com certeza todos encontrariam, e tem cada coisa...

O problema maior fica instalado nos apegados. Meu Deus, como é ruim ser apegado ao passado, à recordações inúteis, à papéis de bala, tampas de caneta, bilhetes de cinema que não valeram a pena, mas eles insistem em ficar ali, na gaveta de tranqueiras.

A minha, pois é, está abarrotada de coisas. Sim, sou apegado à todas recordações, e sinceramente, tem "relíquias" na gaveta que nem lembro o por que de estarem ali, mas estão ainda. Talvez um dia eu lembre do motivo e jogue fora.

E ah, quem tem rinite alérgica, vê se coloca um lenço no nariz, e boa sorte!

Não vão chorar com as recordações. Rir pode ser...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Mais uma homenagem (quase) póstuma...

Depois de quase chorar em minha última postagem, creio que novamente chorarei...

Ultimamente, devido a ajuda de 3 fatores externos à minha vida (a Telefonica, que finalmente está fornecendo aqui em casa uma conexão banda larga no mínimo decente, depois de 1 ano pagando pela melhor conexão, tem que melhorar mais, porém está infinitamente melhor que antes; à minha falta de pique e tempo para sair, sim, agradeço isso humildemente ao meu querido e amado chefe; e ao meu tio, um agente secreto do Governo, que trabalha disfarçado como analista de sistemas e me deu várias dicas de se baixar muito bem um torrent e legendas), enfim, 3 fatores de relevância, me fizeram relembrar de momentos QUASE esquecidos de minha vida, momentos esses que só o bom e velho torrent fizeram voltar à cena: Desenhos animados.

Não os de hoje, assim como um grande amigo meu diz, "Aqueles que são toca da boa". Pois bem.
Como na TV desde que a Kimberly não é mais a Ranger rosa, ou que o Pica Pau virou vizinho do Leôncio ou coisas do tipo, até os dias de hoje, os desenhos estão rigorosamente fracos, fraquíssimos, e estou falando DESENHOS, porque os animes japoneses, para mim, são outra linhagem e estes sim tem se renovado com desenhos tipo Fullmetal, Bleach, etc.
Estou falando de anomalias do tipo "Três espiãs demais", ou outro do gênero.

Agora, voltando aos meus downloads, que emoção eu tenho em ver e rever inúmeras vezes "Tintin", um desenho feito para "adultos", disfarçado num detetive de topetão e um cachorrinho felpudo; "Doug", que durante 3 temporadas foi excelente enquanto era da Nickelodeon, e depois que virou "Disney's Doug" ficou ridículo; "Ducktales", que além de ser pura adrenalina era uma aula de História e Geografia; "Invasão da Terra", que é mais recente, o último dos bons, feito e produzido pelo Spielberg, que foi destruido pela rede de TV aberta, ao repetí-lo fora de ordem; e, como não lembrar, do clássico "Speed Runner", o "Papa-léguas e Coyote", para os mais íntimos, que nos faziam dar muita risada, do começo ao fim, mesmo revendo pela n-ésima vez o mesmo episódio.

Sinto falta, e me encho de felicidade ao acordar às 4h da madrugada para poder ver de vez em quando Tom e Jerry no SBT, quando não estão reprisando propagandas...

Será que se as emissoras não podem colocar esses clássicos desenhos durante a madrugada? Ficaria agradecido, mas ao mesmo tempo aborrecido, porque perder a hora do trabalho todos os dias poderia gerar uma demissão.

Aos amigos "desenhófilos", inventei agora essa, assim como eu, mãos ao torrent, tem muitos desses em sites de busca, já que na TV, é difícil passar...

Desculpem se tiver algum erro de ortografia ou coisa do tipo, não estou com saco de revisar hoje.
Um tchau amarelo à todos !

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Rock'n'Roll

Ó bom e velho Rock'n'roll... Quanta saudade dos tempos gloriosos! A linguagem mundial da música, junto com a música clássica. Ambos não agradam a gregos e troianos, mas ambos em compensação têm uma legião de admiradores.

Sabe qual o maior detalhe do Rock? Acho que todos ao menos percebem isso, é um estilo musical que passa de geração para geração e muitos, assim como eu, que não acompanhou o auge do movimento "Beatles", do movimento "Metal" ou do "Punk", até porque não eram nem nascidos, admiram seus deuses musicais e acompanham como se tivesse visto ali, de perto, o Freddie Mercury tocando no Rock in Rio, e sabem das histórias de seus ídolos como se fossem meros parentes.

O problema, bem, o problema, é que nossa geração está sofrendo com a perda dos vovôs do Rock, bandas gloriosas se desfazendo ou "dando um tempo", como o Pink Floyd, Dire Straits, The Doors (faz tempo né? haha), Queen (também faz tempo, o coitado do Robin Williams, bem que tentou...), e outras bandas que ainda percorrem o duro caminho de mostrar o que é de melhor na música mas já estão com tendinites e papas, como KISS, Deep Purple, AC/DC, Iron Maiden, Whitesnake, Judas Priest, Rolling Stones (ainda não entendo como Keith Richards continua vivo), Eagles, David Bowie, Metallica, dentre outros monstros que não me recordo no momento, são tantos, mas tantos que estão se despedindo...

Hoje em dia, depois da bela "Era Grunge" com Pearl Jam, Nirvana, Silverchair e Audioslave (Soundgarden), tivemos o início de um "Punk" de playboy, que depois virou um "Corno-Rock" e agora se tornou o que conhecemos de Emo-music.

Infelizmente aquelas músicas ricas em letra e música, foram substituídas por músicas melosas de "Oh, ela me largou" com acordes manjados e fáceis de tocar. Pois é, tem coisas que mudam para pior.

Assim como o astro do Rock Gene Simmons disse em coletiva (no início de 2008 quando o KISS abriu o GP de Melbourne na Austrália), nossa geração não merece a porcaria que estamos ouvindo, e é por isso que bandas como eles do KISS e outras das antigas ainda tocam, sei lá, por dó das gerações de hoje... e quando eles partirem? Esses vovôs já estão com seus 60 anos ou mais...

Só nos resta rezar para aparecerem novos mitos do Rock'n'Roll, Rock raiz, que mistura solados gritantes da guitarra de Mark Knopfler com o ritmo agitado das baquetas de Lars Ulrich, o baixo e as composições doidas de Roger Walters e a voz inconfundível de Freddie Mercury fazendo dueto com Brian Johnson, imagina que bom seria?