terça-feira, 24 de dezembro de 2013

O óbvio

Olá. A "postagem de natal" deste ano é bem óbvia, já bastaria o título, porém o conteúdo é óbvio, como será visto.
A primeira coisa que digo é a respeito de 2014. Será um ano importantíssimo no Brasil.
Ah, por causa da Copa do Mundo? É óbvio que não. A Copa do Mundo será trivial e o "país da bola" só perde se quiser.
O ano será importantíssimo por causa de outro assunto, e neste o Brasil anda mal: eleições.
Muitos dizem que eu gosto e teimo em discutir política. Não, não discuto por gostar, e sim por achar necessário. Queria eu que não precisássemos discutir sobre política, que o país estivesse nos rumos certos, em boas mãos - temos exemplos ao longo do globo, fico feliz em dizer que pelo menos um bom exemplo em cada continente, mas não é o fórum para esta análise - e por isso é totalmente saudável todos discutirem política.
Entretanto, não acho que o foco principal desta postagem é falar a mesma ladainha que a situação e a oposição hoje andam numa barca furada em um mar cheio de tormenta, o foco principal é falar de coisa óbvia, mas não tão descarada assim.
O que é óbvio a se dizer no Natal?
Bom, eu por exemplo precisava ganhar de presente de Natal vergonha na cara e ajudar mais aos outros que precisam.
E digo mais: esquecendo da grana dos impostos que o governo arrecada e faz pouca coisa com isso, por que não esquecemos de só reclamar disso e não fazemos uma "política com as próprias mãos", que eu gostei de chamar de auto-política, ou política autônoma?
Olha como é simples, vou mostrar um exemplo: mutirão.

Mutirão?
Sim.

O prefeito da sua cidade não é bom e os vereadores são idiocráticos? Simples.
Vamos juntar as pessoas, grupos de 10 por vez, e cada final de semana a gente se reúne e vai pintar uma escola que esteja caindo aos pedaços. A grana a gente arrecada nos bairros... ou aceitamos a tinta e as ferramentas em mãos. Duvido que uma mãe, por mais dificuldade que passe, vá negar R$1,00 para melhorar a qualidade de ensino do filho.

Outro exemplo?
Corrente do bem. Tem até um filme disso.
Dois exemplos.

Se 5 milhões de pessoas (não é muito num país de grandes proporções, cuja maior cidade deste tem mais de três vezes este número) doassem apenas R$1,00 cada, por mês, seriam R$5.000.000,00 por mês arrecadado e por ano R$60.000.000,00 - imagina quanta instituição carente estaria bem das pernas com o troco que você dá pro maluco da esquina que vigia seu carro a troco de crack (que se tivesse instituições decentes pra cuidar não estaria pedindo esmola pra fumar!)?
Ah tá, bati na sua porta e você achou estranho, e não quis me dar R$1,00?
Levante seu lindo e amado traseiro e vá à porta de algum albergue, asilo, orfanato, abrigo e doe você mesmo, pode ser arroz, fralda, feijão, milho, galão de água, ou R$1,00.
Aí dane-se se aqueles que deveriam fazer isso com nossa grana não o fazem - poxa, R$1,00 não é nada perto da felicidade que seria proporcionada.

Mas não.
Queremos doar no Criança Esperança por causa da visibilidade!
Que lindo isso né?

O outro exemplo é mais simples e mais barato que o R$1,00 que citei acima: vai visitar um hospital com crianças com câncer, vá visitar um asilo, vai distribuir sopa para os mendigos.
Se cada um dos 5 milhões que citei fizer isso uma vez ao mês, a cada dia estarão fazendo caridade gratuita e gratificante 167 mil pessoas. O Brasil tem 5564 municípios, então seriam PELO MENOS trinta pessoas por cidade, por dia, fazendo algo de bom.

E o que mais me chateia é que tudo que eu falei é óbvio.
Porém é óbvio que é mais fácil criticar o político, porque obviamente ele não faz o que deveria fazer.

Falta infelizmente união. Não adianta poucos fazerem, não adianta um ou outro se predispor pra isso.

Aí a gente pensa: eu não vou fazer isso, porque eu quero sair final de semana e descansar, eu mereço, poxa! Eu estudei pra caramba e agora trabalho pra caramba. Esse pessoal que está nas ruas não fez nada por merecer. Então fica uma reflexão óbvia: Numa guerra não adianta ser o melhor soldado, excelente atirador, lutador de cinco artes marciais, se o batalhão todo for derrotado. No final, se sobrar só você, o jeito vai ser se render.

Isso é óbvio.
Vencer a guerra não é achar que ter bom emprego, casa, carro e lazer é o ápice e a vitória. Enquanto tiver uma alma viva com condições piores que a nossa, a guerra ainda continua, e se o país sucumbir, a casa, o carro, o lazer e o emprego serão trocados por arroz, feijão, fralda e, obviamente, cada UM real que alguém puder nos dar.

É melhor pensar que Natal é isso, tempo de sempre refletir.
É tão óbvio, trivial, que qualquer um que ler isso vai achar que já leu em algum lugar, mas obviamente nada fez.

Assim como eu poderia fazer mais.
Você também.
Feliz Natal e renove esta reflexão.
Abraço
Daniel

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

10 coisas (inúteis)

Bom, tem uma corrente maluca de uma amiga maluca correndo no Facebook, e essa amiga maluca, a Lívia, me contagiou contando 10 fatos interessantes (talvez inúteis para quem não a conheça, mas bem legais para quem a conhece bem). O fato é que me fez até voltar a escrever aqui, visto que eu não tenho mais empecilho nenhum para escrever, já que as férias (eternas) da Engenharia Mecânica estão realmente iminentes.

Vai lá.

1) Minha memória para fatos antigos é impressionantemente impressionante. Eu lembro de fatos, nomes de pessoas (que com certeza nem se lembram de mim há uns bons 20 anos), endereços, lugares... e mesmo que minha memória recente (de dias, horas, minutos) seja péssima, a memória de fatos antigos é realmente algo que até eu mesmo acho isso relevante.

2) Devido ao item 1, eu sofro, e como eu sofro... tenho "grandes" amigos que sequer lembram meu nome, e eu ainda os considero muito... pessoas do tipo, quando eu encontro, eu falo: "E aí, cara, como estão as coisas?" e a pessoa responde: "Quem é você, mesmo?"... é uma decepção muito enorme, e acreditem, acontece comigo pelo menos umas 4 ou 5 vezes ao ano.

3) Já fui barrado por um antigo "melhor amigo" aos oito anos de entrar numa igreja por não ser católico. Foi algo tão decepcionante que eu me lembro ainda disso e me faz crer que ser a minoria é sempre vencer um desafio a cada dia. Dez anos depois esse mesmo amigo veio buscar conforto em minha religião.

4) Ainda falando em amizade, eu sou privilegiado... Aquela história de que não se conta nos dedos de uma só mão a quantidade de amigos, pra mim é farsa... eu tenho muitos amigos, e todos eles provam a cada dia que são de fato pessoas que me farão alugar mais, pelo menos, uns cinco ou seis dedos para contá-los.

5) Sou fanático por futebol, principalmente porque sempre fui copy and paste do meu avô (e ele era fanático, heim?!). É algo tão doido que eu sei a bobeira que é ver 22 candangos correndo atrás de uma bola, mas eu perco todo o tempo do mundo para ver cada jogo e depois pensar "que melhor tempo perdido do mundo" é esse.

6) Viciado em video-game, desde pequeno, desde o primeiro Atari. Já tive Nintendo, Super Nintendo, Gamboy, PC, PS, PS2, Xbox 360. Mas pra mim o Super Nintendo sempre será o melhor.

7) Sou noturno, gosto de dormir beeem tarde e acordar tarde também. A coisa mais triste do mundo para mim é acordar cedo, e eu só acordo porque preciso trabalhar. E ponto! A minha vantagem é conseguir sobreviver dormindo 4h por dia.

8) Meu sonho de infância era ser gari (lixeiro). Enquanto meus amigos queriam ser médicos, engenheiros, advogados, até meus 7 ou 8 anos eu queria vestir aquele uniforme laranja. Mudei de opinião depois, mas ainda sim tenho a boa mania de ficar irritadíssimo ao ver algum porco jogar papel pela janela do carro.

9) Tenho duas vidas imaginárias. Numa sou jogardor de futebol dum time imaginário, noutra tenho uma banda de Rock vencedora de vários Grammy. Falando no segundo fato, tenho mais de 300 poemas escritos (muitos deles tem melodia e virou letra de música).

10) Já falando em saber escrever, meu sonho de ensino médio era ser jornalista. Sou um engenheiro com uma facilidade tremenda em escrever, além de ser apaixonado por livros (não e-books! eu não troco o cheirinho de papel por NADA!). Minhas notas no ensino médio sempre foram maiores em português, inglês, história e geografia. Não me arrependo em nada de ter mudado de idéia e ir pra exatas.

Aliás, eu não me arrependo de nada. Sou apaixonado pela minha vida. E por isso mesmo que caberiaa aqui colocar mais umas 10 curiosidades inúteis, mas quem sabe em outra hora.