sábado, 30 de agosto de 2008

O Enigma da Rua

Ontem estávamos eu e mais dois amigos, tomando um chopp, em um lugar agradável, pouco movimentado e bom atendimento. Uma sexta-feira qualquer, depois de uma semana estressadíssima, e tomando um choppinho para aliviar esse "stress residual".
Neste local, na decoração vê-se ruas antigas da cidade de Guaratinguetá, como se uma nostalgia dos tempos antigos.
Na região da parede onde nossa mesa estava encostada, uma rua, Dr. de Moraes Filho, uma paisagem em preto-e-branco (óbvio, esta foto devia ser de antes de 1950), e a ruazinha, cheia de lojas, um carrinho de mão, alguns figurantes e ao final dava para uma praça. Nós três ficamos meia hora discutindo sobre onde que é essa rua, devido nosso "alto" grau de conhecimento de nomes de ruas, e para identificar essa rua, foi complicado.
- É a rua do Bradesco? - indagava um.
- Não, a rua hoje é um calçadão, ali ó, é a casa Brasileira! - o outro falou.
- Eu acho que isso era uma subida, agora é descida. - eu, idiotamente, dei essa gafe.

Quando por fim, depois de tantas dúvidas e intrigas, um de meus amigos chamou o garçom e perguntou a ele onde era essa maldita Dr. de Moraes Filho!
- É a rua do Bradesco. - disse convicto o garçom.

Pois bem, desvendado o mistério, vai a reflexão: seria tão legal uma máquina do tempo, para apenas andarmos por esses lugares, de bondinho, ou à pé mesmo, com aquelas moças de vestido longo e sombrinha, as cartolas dos homens, toda elegância daquela época que ficou para trás. Hoje em dia vemos mais diversidade nas cores, nas roupas, estilos, pessoas, coisa que na época era um tanto quanto esquisito.

As "paqueras" eram em encontros nas praças, onde as mulheres se sentavam nos banquinhos e avaliavam os homens que piscavam para elas. Se fosse interessante, eles começavam a namorar. Mas beijo na boca? Só depois de muita intimidade, se bobear perto do casamento! Hoje beijamos antes de perguntar o nome...

Está bem, a idéia dessa máquina foi de um dos meus amigos que estava lá, mas me fez realmente refletir que seria muito bom saber como tudo era antes e como tudo hoje é. E tem gente que fala que nada muda por essas bandas...



2 comentários:

Pudim disse...

Se você pudesse voltar no tempo, ao começo da sua vida, mudaria algo?

Ou faria tudo igual?

Daniel Rolando disse...

Acho que faria tudo igual... Esses 22 anos que vivi até agora, tiveram seus dias ruins, como normalmente se tem, mas se não temos dificuldades, como saber o que é bom? Sem o ruim, nada é bom... às vezes penso nisso. Quanto à arrependimento, nenhuma escolha que fiz me deixou pensativo, até as que quebrei a cara, foi bom para aprender.