Não entenderam? Então leiam um poema que criei num desses momentos "sou inútil e ainda incomodo os outros". Tempos em que a criatividade é nossa unica aliada.
OBS.: Tentem ler pensando em uma melodia semelhante à do Vampiro Doidão, do Raul, ou qualquer música do Ventania... vai fazer bem mais sentido!
Cigarro Paraguaio
(Daniel Rolando, 22-02-2008)
Quando tudo dá errado
Não adianta mais chorar
Todo dinheiro esgotado
E muitas contas pra pagar
O negócio milionário
Não deu certo, estou falido
Minha mulher agora é ex
Pois desistiu do seu marido
O meu filho não quer me ver
Então o jeito é ir ao bar
Jogar sinuca e beber
E perder a grana que apostar
Sou um cigarro paraguaio
Vagabundo e forte como um leão
São cinco tragos e um desmaio
Acho que meu caso é sem solução
Sou um cigarro paraguaio
Num camelô espero a solidão
Não há saída para mim
Só a porta do próximo buzão
Tinha tudo nessa vida
Mas não sei o que me deu
Já fui crente, zen, mandinga
E hoje eu devo pra agiota judeu
Nem no bar posso mais ir
Pois fiado só amanhã
Na rua não vou mais sair
E nunca mais vou tirar um sutiã
Sou um cigarro paraguaio
Vagabundo e forte como um leão
São cinco tragos e um desmaio
Acho que meu caso é sem solução
Sou um cigarro paraguaio
Num camelô espero a solidão
Não há saída para mim
Só a porta do próximo buzão
Nem o "AA" me aceitou
Porque minha história era idiota
Não queriam saber quem foi que errou
E que antes eu era poliglota
Papai tentou me aconselhar
Me deu uma grana pro negócio
Mamãe me deu um celular
E minha mulher saiu com o meu sócio
Sou um cigarro paraguaio
Vagabundo e forte como um leão
São cinco tragos e um desmaio
Acho que meu caso é sem solução
Sou um cigarro paraguaio
Num camelô espero a solidão
Não há saída para mim
Só a porta do próximo buzão
* Inspirado em "Só tomando uma", do mestre Paulo Meyer
Um comentário:
E haja pessimismo nessa vida...
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